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Empresas tem dificuldade de implementar transformação digital e sustentabilidade, mostra estudo.

As transformações de negócios não estão funcionando para 56% dos executivos C-level, aponta pesquisa da consultoria Kearney. Além disto, apenas 43% afirmam estar operando de forma integrada a transformação digital e a sustentabilidade. E, globalmente, somente 40% das empresas implementaram uma cultura pensada para um futuro que funcione para todos.


O estudo "Regenere: por um futuro que funciona para todos" ouviu 800 líderes C-level de organizações em todo o mundo e descobriu que 99% deles acreditam que seja importante transformar suas instituições em um negócio regenerativo, ou seja, com sustentabilidade e transformação digital.



O estudo mostra que o modelo de negócio regenerativo também influencia o estilo de liderança entre os C-suite em todo o mundo. Uma minoria (2%) dos CEOs diz não enxergar necessidade de integrar o perfil regenerativo em seu modelo de liderança, enquanto quase metade deles (47%) dizem estar fazendo isso efetivamente.


Quais indústrias lideram a corrida?


Embora 92% dos líderes C-level acreditem na responsabilidade das empresas para criar "um futuro que funcione para todos", a análise da Kearney revela que o setor de varejo está à frente na mudança. Mais da metade das empresas do varejo (53%) operam regenerativamente, enquanto 35% o fazem de maneira muito efetiva, em parte por confiarem na tecnologia para ajudar a limitar o desperdício de energia e de materiais e resíduos, por exemplo.


Já o setor de energia vem adotando uma abordagem regenerativa à sustentabilidade, com 46% dos executivos do setor relatando que já o fazem de maneira efetiva. Em paralelo a mudanças na cadeia de suprimentos, os líderes do segmento de energia acreditam que as melhores oportunidades para a regeneração vêm com mudanças sistemáticas em seus modelos de negócios, incluindo o aproveitamento de uma visão responsável e aprofundada de análises avançadas de dados.


"Ainda que a nossa análise confirme que as empresas estão cada vez mais próximas dos modelos regenerativos, é igualmente importante que não percam de vista o objetivo final dessa jornada. Tornar-se regenerativo não significa apenas reestruturar e resolver os pontos problemáticos. É necessário que qualquer plano estabeleça o ritmo para o sucesso a longo prazo, elimine silos internos para partilhar conhecimentos e realmente acrescente valor ao mundo em que operamos", afirma Alex Liu, sócio e chief marketing officer da Kearney.


O que é um negócio regenerativo?


Para os especialistas da Kearney, incorporar novos modelos digitais e estratégias analíticas avançadas e, ao mesmo tempo, tornar as cadeias de suprimentos e de gestão de pessoas sustentáveis para os negócios e a sociedade é uma missão crítica para as organizações.


Assim, as empresas comprometidas com esses aspectos precisarão de uma abordagem de longo prazo para se tornarem verdadeiramente regenerativas. Isto significa olhar para além da resiliência e, proativamente, questionar onde é que o valor pode ser agregado à sociedade e ao mundo em geral.


Ao invés de otimizar por eficiência, a próxima geração de empresas irá se regenerar por mais velocidade, utilizando dados externos, somados a estratégias analíticas e de Inteligência Artificial avançadas para rápida e precisamente ver e compreender aquilo que acontece fora de suas quatro paredes.


Ao regenerar o sistema de negócios, além de sua cultura organizacional, empresas privadas e setor público podem garantir que suas equipes, organizações e todo o ecossistema alcancem e sustentem todo o seu potencial.


Como ter um negócio regenerativo


O estudo apresenta detalhes de como ter um negócio regenerativo a partir do foco nas operações, pessoas e comunidades, e tecnologia e dados. Veja:


1. Operações:

Concentre-se no valor repetível

Desenvolva modelos de negócios que se baseiem em si mesmos para obter maior valor no longo prazo.

Repensar fundamentalmente as cadeias de abastecimento para que sejam adaptativas e autoconscientes.

Construir um ecossistema de governo, investidores, comunidades, start-ups e empresas estabelecidas que trabalhem em conjunto.


2. Pessoas e comunidades:

Faça o bem às pessoas dentro e fora da organização.

Crie confiança mostrando comprometimento e trabalhando a partir de uma orientação para a ação.

Apoie líderes que demonstram coragem e assumem responsabilidade explícita pela mudança.

Priorize as pessoas tomando decisões difíceis que desenvolverão a próxima geração.

Agir para melhorar o bem-estar humano e a igualdade, pensando além do impacto, em direção ao resultado positivo.


3. Tecnologia e dados:

Aprenda mais rápido, desperdice menos

Invista em análises poderosas para desbloquear o valor do ciclo de vida.

Crie experiências e envolvimentos personalizados e contextualizados com o cliente.


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